Impacto da DPOC no sistema de saúde privado no Brasil: uma análise econômica

Autores

  • Oliver Nascimento GlaxoSmithKline, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Luciana Saturnino GlaxoSmithKline, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Felipe Santos GlaxoSmithKline, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Danielle Silva GlaxoSmithKline, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Mariana Gazzotti GlaxoSmithKline, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Franco Martins GlaxoSmithKline, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Ana Luisa Gomes Orizon, São Paulo, SP, Brazil.
  • Karynna Viana GlaxoSmithKline, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.
  • Rafael Alfonso-Cristancho GlaxoSmithKline, Collegeville, PA, United States.
  • Claudia Rodrigues GlaxoSmithKline, Rio de Janeiro, RJ, Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.21115/JBES.v15.n1.p59-66

Palavras-chave:

doença pulmonar obstrutiva crônica, exacerbação, custos e análise de custo, saúde suplementar

Resumo

Objetivo: Avaliar a utilização de recursos e custos de pacientes com exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) no sistema de saúde suplementar (SSS) do Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, considerando banco de dados administrativo de uma empresa privada (Orizon). Pacientes com ≥40 anos e pelo menos um registro de admissão relacionado à DPOC identificado com CID-10 J40-J44, entre janeiro/2010 e dezembro/2013, foram incluídos e acompanhados até dezembro/2014, morte ou inativação no plano. Características sociodemográficas, número de visitas de emergência, admissões hospitalares (número e tempo de hospitalização), tempo de hospitalização em unidade de terapia intensiva (UTI), número de exacerbações graves, estratégias terapêuticas e custos hospitalares foram as variáveis analisadas. Resultados: A análise incluiu 8.254 pacientes com DPOC. As taxas de visita à emergência, internação hospitalar e exacerbação da doença foram de 0,4, 0,2 e 0,1 por pessoa-ano, respectivamente. Os tempos médios de hospitalização, hospitalização sem utilização de UTI e hospitalização com necessidade de UTI foram de 16,6 (DP = 77,0), 8,7 (DP = 36,9) e 27,6 (DP = 109,7) dias, respectivamente. Os custos médios relacionados à visita de emergência e por hospitalização foram de 258,2 BRL (DP = 383,1) e 38.165,4 BRL (DP = 124.683,5), respectivamente. Os custos para pacientes que não utilizaram UTI foram de 11.810,1 BRL (DP = 31.144,1) e de 74.585,3 BRL (DP = 182.808,1) para aqueles com necessidade desse serviço. Conclusão: Os custos para o manejo dos pacientes com exacerbação da DPOC são muito elevados, podendo chegar a 75.000 BRL por hospitalização. A prevenção de exacerbações e o melhor controle da doença podem reduzir esse impacto econômico no SSS.

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Publicado

2023-04-10

Como Citar

Nascimento, O., Saturnino, L., Santos, F., Silva, D., Gazzotti, M., Martins, F., … Rodrigues, C. (2023). Impacto da DPOC no sistema de saúde privado no Brasil: uma análise econômica. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 15(1), 59–66. https://doi.org/10.21115/JBES.v15.n1.p59-66

Edição

Seção

Artigos