Gasto público em saúde, retornos decrescentes, e a expectativa de vida nos países da América Latina e do Caribe: uma análise com dados em painel
Palavras-chave:
modelos econométricos, financiamento governamental, gastos em saúdeResumo
Introdução: A literatura da assistência médica supõe que o estado de saúde é uma função de produção composta por fatores econômicos, demográficos e epidemiológicos. De acordo com o modelo de produção de saúde de Grossman, o estado de saúde deve experimentar retornos decrescentes nos aumentos nesses fatores. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar se a expectativa de vida ao nascer experimenta retornos decrescentes à causa dos aumentos nos gastos públicos em saúde utilizando dados de países da América Latina e do Caribe. Método: Para analisar especificações não-lineares entre a expectativa de vida ao nascer e gastos públicos em saúde, foram utilizados diferentes configurações de dados de painel e dados anuais. Resultados: Ao contrário de um achado anterior para esta região, o principal resultado é que a expectativa de vida ao nascer apresenta rendimentos decrescentes nos gastos públicos em saúde, o que é consistente com o modelo de produção de saúde de Grossman. Conclusão: As evidências indicam que a expectativa de vida ao nascer é menos sensível a alterações dos gastos públicos em saúde, mostrando retornos decrescentes. Este achado pode ser usado como um insumo para tomar melhores decisões sobre as alocação de recursos públicos em saúde.