Necessidades médicas não atendidas no tratamento de linfoma de Hodgkin no Brasil: perspectiva de médicos

Autores

  • Valeria Buccheri Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo/Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Hospital das Clínicas, São Paulo – SP, Brazil
  • Guilherme Perini Hospital Albert Einstein, São Paulo – SP, Brazil.
  • Adriana Penna Hospital Santa Marcelina, São Paulo – SP, Brazil.
  • Talita Silveira Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo – SP, Brazil.
  • Ricardo Bigni Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro – RJ, Brazil.
  • Flavia Pimenta Hospital Napoleão Laureano, João Pessoa – PB, Brazil.
  • Juliano Cerci Quanta, Curitiba – PR, Brazil.
  • Carlos Eduardo Bacchi Laboratório Bacchi, Botucatu – SP, Brazil.
  • Renato Oliveira Evidências-Kantar Health, Campinas – SP, Brazil.
  • Tania Barreto Takeda Pharmaceuticals, São Paulo – SP, Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.21115/JBES.v10.n2.p118-125

Palavras-chave:

Linfoma de Hodgkin, pesquisas de cuidados de saúde, gestão de assistência ao paciente, necessidades e demanda de serviços de saúde, opinião de especialista

Resumo

Introdução: Em 2016, o Linfoma de Hodgkin (LH) foi responsável por 2.470 novos casos no Brasil e, apesar dos recentes avanços científicos, há necessidades médicas não atendidas que afetam os pacientes. Portanto, o estudo teve como objetivo explorar as necessidades médicas não atendidas no manejo de pacientes com LH no Brasil, com base na perspectiva de especialistas. Métodos: Um questionário foi desenvolvido para abordar as necessidades médicas não atendidas, incluindo as barreiras para o diagnóstico e tratamento do LH no Brasil. Os resultados do questionário foram apresentados em um painel de discussão para validar as respostas dos participantes e coletar dados adicionais. Principais resultados: Oito especialistas participaram do painel. De acordo com os especialistas, em ambos os sistemas de saúde público e privado, uma pequena maioria dos pacientes era mulher e a maioria tinha menos de 60 anos. Além disso, a maioria dos pacientes foi encaminhada por outra especialidade em ambos os sistemas. O tempo entre a consulta com o onco-hematologista até o diagnóstico foi diferente entre o setor público e privado (mediana de 30 e 12,5 dias, respectivamente). A maioria dos pacientes do setor público apresenta estádios III (33%) e IV (33%); no setor privado, a maioria dos pacientes apresenta estádios II (36%) e III (24%). As barreiras mais comuns foram o atraso no diagnóstico e a indisponibilidade de procedimentos diagnósticos, e opções de tratamento. Conclusão: De acordo com os participantes, as questões relacionadas à infraestrutura e à alocação de recursos de saúde afetam o gerenciamento do LH. Melhorias na infraestrutura e medidas educacionais para médicos e pacientes podem contribuir para minimizar as barreiras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2018-08-20

Como Citar

Buccheri, V., Perini, G., Penna, A., Silveira, T., Bigni, R., Pimenta, F., … Barreto, T. (2018). Necessidades médicas não atendidas no tratamento de linfoma de Hodgkin no Brasil: perspectiva de médicos. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 10(2), 118–125. https://doi.org/10.21115/JBES.v10.n2.p118-125

Edição

Seção

Artigos