Revelando a dermatite atópica no Brasil: um relato da perspectiva da assistência clínica
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v11.n2.p153-60Palavras-chave:
dermatite atópica, eczema atópico, carga, qualidade de vida, tratamentoResumo
Objetivo: A dermatite atópica (DA) ou eczema atópico é uma doença inflamatória que envolve a interação entre fatores imunológicos, genéticos e ambientais. A DA afeta 15% a 20% das crianças e 1% a 4% dos adultos. O objetivo é conscientizar sobre o impacto da DA na qualidade de vida (QdV) dos pacientes no Brasil. Métodos: Entrevistas foram conduzidas com Especialistas dessa Área Terapêutica (EATs) em todo o país para obter informações sobre o manejo da doença, eficácia do tratamento e QdV dos pacientes. Para estimativa dos custos da doença, utilizamos custos da saúde privada de fontes públicas. Resultados: A prevalência de DA em adultos foi estimada em 7% no Brasil, dos quais 35% possuem DA moderada e 30%, severa. No geral, 41% dos pacientes foram submetidos a cinco ou mais tratamentos diferentes. No entanto, 17% e 29% dos pacientes com DA moderada/ grave, respectivamente, não conseguem controlar sua doença. Emolientes e esteroides tópicos são os principais tratamentos de primeira linha (1L) para todos os pacientes. No caso de DA moderada/ grave, a transição rápida do tratamento de 1L para 2L em duas semanas é relatada. Em termos de carga econômica, para pacientes com DA grave e moderada, entre 94% e 93% são custos médicos diretos (consultas médicas, tratamentos, hospitalizações e outros). Considerando custos indiretos, o absenteísmo é responsável por 6% e 7% do custo total em pacientes com DA moderada e grave, respectivamente. Conclusão: Em conclusão, há necessidade de tratamentos de DA que possam ser usados a longo prazo sem efeitos colaterais graves e com impacto positivo na qualidade de vida.