Custo de tratamento do câncer de próstata resistente à castração por meio da aplicação da técnica Delphi no Sistema de Saúde Suplementar brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v11.n2.p142-52Palavras-chave:
câncer de próstata, resistente à castração, Sistema de Saúde Suplementar, custos, Brasil, metástaseResumo
Objetivo: Estimar os custos do tratamento de pacientes com câncer de próstata não metastático resistente à castração (nmCRPC) e metastático resistente à castração (mCRPC) no Sistema de Saúde Suplementar brasileiro. Métodos: Foi realizada uma busca na literatura para avaliar os dados já disponíveis do custo do tratamento do câncer de próstata no Brasil. Como os dados são escassos, optou-se por utilizar a técnica Delphi com seis médicos oncologistas para levantamento do uso dos recursos. O painel Delphi contou com três etapas, sendo duas on-line e uma presencial, abordando recursos, frequência e porcentagem de uso de exames de imagem e laboratoriais, e dados hospitalares (consultas, pronto-socorro, internações – clínica, cirúrgica e em unidade de terapia intensiva). Também foram solicitados dados de padrões de tratamento do câncer de próstata. Por fim, dados do manejo das metástases foram requeridos. Por meio das informações coletadas, foi desenvolvido o microcusteio do câncer de próstata resistente à castração na perspectiva do Sistema de Saúde Suplementar. Resultados: O custo total de tratamento da jornada do paciente com câncer de próstata resistente à castração foi igual a 480.497,25 BRL, e o tratamento unicamente da doença não metastática foi de 189.832,79 BRL e o da doença metastática, de 290.664,46 BRL. Conclusão: Os custos do tratamento de câncer de próstata metastático são substancialmente superiores aos custos do tratamento do paciente não metastático resistente à castração de alto risco, o que parece justificar economicamente o uso de medidas que previnam ou adiem o surgimento de metástases.