Custo-minimização da troca entre imunoglobulinas de diferentes vias e marcas: sustentabilidade relacionada ao tratamento na saúde suplementar
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v12.n1.p32-8Palavras-chave:
custo-minimização, imunoglobulina G, administração intravenosa, administração subcutânea, saúde suplementar medicina baseada em evidênciasResumo
Objetivo: Avaliar custo-minimização da troca entre as versões intravenosa (IVIg) e subcutânea (SCIg) das imunoglobulinas (Ig) em operadora de saúde com mais de 500.000 vidas. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal, descritivo, seguido de custo-minimização entre os pacientes que utilizaram IVIg, de 1º de outubro de 2018 a 30 de setembro de 2019. Simulou-se a troca entre as IVIg e SCIg, objetivando descrever a economia de uma hipotética substituição. Estabeleceram-se como critérios de exclusão: o não pagamento e a liberação com dose acima de 60.000 mg. Após exclusão, calcularam-se as despesas totais, somando-se os custos do produto e taxas de infusão. Resultados: Evidenciou-se que 133 pacientes, totalizando 1.175 liberações, utilizaram IVIg no período avaliado. Identificou-se a utilização de 34.797.500 mg de IVIg, por 10 especialidades, totalizando R$ 12.408.192,50 de despesas. Quando aplicada simulação, há uma potencial economia de recursos de até 29,83%, dependendo da SCIg escolhida. Conclusão: A análise econômica no tratamento com imunoglobulinas evidenciou significativa relevância, pois contribui com o uso adequado da terapêutica garantindo a sustentabilidade do sistema de saúde. Medicamentos subcutâneos apresentam-se como uma opção custo-minimizatória em comparação ao tratamento intravenoso para saúde suplementar brasileira.