Análise de impacto orçamentário dos inibidores de PARP no tratamento de manutenção em primeira linha de pacientes com câncer de ovário avançado, gBRCA mutado, sob a perspectiva do sistema de saúde suplementar brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v14.n1.p72-9Palavras-chave:
inibidores de PARP, câncer de ovário, impacto orçamentárioResumo
Objetivo: O presente artigo visa disponibilizar aos gestores da saúde dados sobre o impacto orçamentário da incorporação dos inibidores de PARP (iPARPs) para o tratamento de primeira linha de manutenção de câncer de ovário avançado, gBRCA mutado, sob a perspectiva do sistema de saúde suplementar. Métodos: Adotou-se o método epidemiológico, tendo como comparador a vigilância ativa em um horizonte temporal de cinco anos. Foram considerados apenas os custos de tratamento medicamentoso na análise, utilizando o pressuposto conservador de que os custos da vigilância ativa são nulos. Além disso, construiu-se uma análise de sensibilidade determinística. Resultados: O impacto orçamentário dos iPARPs na população-alvo em todo o sistema foi de R$ 78,1 milhões em cinco anos acumulados. A análise de sensibilidade apontou que o resultado do impacto orçamentário varia de R$ 54,6 milhões a R$ 101,6 milhões. A taxa de difusão da tecnologia e os parâmetros epidemiológicos foram os que exerceram a maior influência na variabilidade dos resultados. Conclusão: Os dados sugerem que a incorporação dos iPARPs na população selecionada gera um impacto orçamentário gerenciável.