Custos sociais da DPOC: o impacto sobre os anos de vida saudável e a perda de produtividade no Brasil entre os anos de 2017 e 2022

Autores

  • Leon Nascimento Centro de Inovação SESI em Saúde Ocupacional – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Marcelo Rabahi Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.
  • Mônica Souza Centro de Inovação SESI em Saúde Ocupacional – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Iury Kozlowsky Centro de Inovação SESI em Saúde Ocupacional – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Bruna Farjun Centro de Inovação SESI em Saúde Ocupacional – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Antônio Fidalgo Centro de Inovação SESI em Saúde Ocupacional – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21115/JBES.v16.n2.p87-97

Palavras-chave:

doença pulmonar obstrutiva crônica, dias de trabalho perdidos, custos previdenciários, big data

Resumo

 Objetivo: Estimar as perdas de produtividade causadas pela doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) na população brasileira. Métodos: O estudo utilizou dados obtidos do Datasus, IBGE, in­dicadores previdenciários, óbitos e aposentadorias precoces por DPOC no Brasil de 2017 a 2022. Para estimar o impacto da DPOC, foram utilizados: anos de vida saudável perdidos (DALYs) e anos de vida ajustados por produtividade (PALYs), assim como as métricas de perda de produtividade salarial (PPS) e perda de produtividade nacionalizada (PPN), que avalia a perda em função do PIB. Resultados: Mais de 196 milhões de dias de trabalho foram perdidos devido à DPOC. As principais fontes são: óbitos precoces (95.264.088), afastamentos permanentes (67.314.232) e aposentadoria precoce (30.304.490). Diárias hospitalares (3.221.591) têm uma contribuição minoritária. O valor total de DALYs observado no período do estudo foi de 2.819.332,63 anos de vida saudável perdidos cau­sados pela DPOC; um total de 14.997.166 PALYs foi perdido por conta da DPOC ou um valor anual equivalente de R$ 230,7 bilhões. Considerando a PPS, estimamos que a DPOC acarretou perdas de produtividade associadas à reposição da mão de obra de R$ 1,38 bilhão anual e, em relação à PPN, de R$ 8,28 bilhões por ano. Conclusões: Afastamentos de pacientes com DPOC podem acarretar maiores dispêndios com pagamentos de benefícios previdenciários. Este estudo atualiza e amplia correlações entre dados socioepidemiológicos, custos de saúde e previdenciários da DPOC no Brasil. Considerando todas as perdas, a DPOC pode causar perdas de R$ 240 bilhões por ano.

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Publicado

2024-10-02

Como Citar

Nascimento, L., Rabahi, M., Souza, M., Kozlowsky, I., Farjun, B., & Fidalgo, A. (2024). Custos sociais da DPOC: o impacto sobre os anos de vida saudável e a perda de produtividade no Brasil entre os anos de 2017 e 2022. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 16(2), 87–97. https://doi.org/10.21115/JBES.v16.n2.p87-97

Edição

Seção

Artigos