Custo de um município do sul do Brasil com medicamentos de uso contínuo dispensados na Atenção Primária à Saúde
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v14.n2.p133-139Palavras-chave:
assistência farmacêutica, Atenção Primária à Saúde, gastos em saúde, uso de medicamentosResumo
Objetivo: Avaliar o custo com medicamentos básicos de uso contínuo de usuários da Atenção Primária em Saúde de Santa Rosa-RS. Métodos: Estudo transversal e analítico realizado em um município do noroeste do Rio Grande do Sul. Foram incluídos usuários cadastrados nas 17 unidades de estratégia de saúde da família, das áreas urbana e rural, em uso de no mínimo um medicamento de uso contínuo. A coleta de dados foi realizada pelo acesso ao sistema informatizado de prescrição eletrônica. Resultados: Foram incluídos 642 usuários, com idade média de 60,40 anos, sendo 64,3% mulheres. Identificou-se média de 4,68 ± 2,82 medicamentos/prescrição e 47,4% ± 14,48 dos usuários em uso de cinco ou mais medicamentos. Dos medicamentos em uso, 87,9% pertencem ao componente básico da assistência farmacêutica. O custo anual do município por usuário de medicamento foi em média de R$ 250,60. O sistema cardiovascular foi o grupo anatômico com maior custo total. Verificou-se maior frequência de uso de medicamentos entre os idosos, que consequentemente representam o grupo etário com maior custo de tratamento. Conclusão: Evidenciou-se que a maioria dos medicamentos prescritos atua sobre os sistemas cardiovascular e nervoso, e pertence ao componente básico da assistência farmacêutica. O custo com medicamentos demonstrou investimento do município de valores 25 vezes maiores do que o mínimo estabelecido pela legislação vigente, com vistas a garantia de acesso ao tratamento e manutenção da qualidade de vida da população assistida.