Análise da situação da economia da saúde no Brasil: um enfoque na produção científica da área
Palavras-chave:
economia da saúde, pesquisa, bibliometria, publicações, capital humanoResumo
O objetivo do presente artigo é analisar a situação do estudo em Economia da Saúde no Brasil, devido à importância das Ciências Econômicas na área da Saúde. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliométrica referente ao período de agosto de 2004 a dezembro de 2010, englobando publicações, autores e grupos de pesquisa, atualizando parte de um estudo realizado em 2004 por um grupo de pesquisadores da UFMG. Foram encontradas 861 publicações, que se relacionavam com a área da Economia da Saúde, sendo 665 artigos, 149 teses e 47 livros. O Tema “Gestão, financiamento, alocação, equidade” foi o mais pesquisado com 43,6% das publicações. Quanto ao tipo de estudo, “Estudos sobre gestão em saúde e/ou políticas públicas” foi o mais realizado com 40,8%. A Academia é a principal responsável pelas publicações, sendo responsável por 60% destas. O Sudeste é a região com mais publicações, com 68%, mas vem perdendo espaço. Com relação aos grupos de pesquisa em Economia da Saúde, percebeu-se que diminuíram de 47 para 41 estes grupos, e que a região Sudeste é a que mais possui grupos, com 66% do total. A FIOCRUZ é a instituição com o maior número de grupos. Sobre o perfil dos autores envolvidos com a área notou-se o alto grau de titulação, já que 54,4% dos autores possuem Doutorado e 4,8% possuem título de Pós Doutorado. Quanto à formação dos autores, notou-se que a maioria, 40% são médicos, e que os economistas vem em quinto lugar, com 6%, sendo a primeira ciência fora da área médica na classificação.