Custo-efetividade da infiltração contínua da ferida cirúrgica com ropivacaína versus morfina para controle de dor aguda

Autores

  • João Valverde Filho São Paulo Serviços Médicos de Anestesia SC Ltda, São Paulo, Brasil.
  • Luciana Mensor Laboratórios B.Braun S/A, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Elizabeth Diamond Laboratórios B.Braun S/A, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Regina Maria Contadin Laboratórios B.Braun S/A, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Camila Pepe MedInsight Decisions in HealthCare, São Paulo, Brasil.

Palavras-chave:

custo-efetividade, dor, infiltração contínua, ropivacaína, ferida cirúrgica, Saúde Suplementar do Brasil

Resumo

OBJETIVOS: Avaliar a custo-efetividade da infiltração contínua da ferida cirúrgica (ICFC) com ropivacaína versus infusão de morfina, sob a perspectiva da Saúde Suplementar Brasileira, em horizonte de 48 horas após cirurgias de grande porte. MÉTODOS: Análise de custo-efetividade por modelo analítico de decisão, empregando dados clínicos de sucesso de analgesia e redução de efeitos colaterais, como náuseas e vômitos pós-operatórios ligados à analgesia com opioides (PONV), obtidos por revisão de literatura. Foram considerados no modelo custos médicos diretos e custos relaciona[1]dos à internação (receita líquida por leito). RESULTADOS: A eficácia clínica da tecnologia de ICFC mostrou-se superior em todos os cenários apresentados, quando comparada à morfina endovenosa, com menor incidência de PONV, maior taxa de sucesso da analgesia e menor necessidade de opioides de resgate. Ainda, a ICFC mostrou-se menos dispendiosa do que o comparador selecionado, seja administrado por infusão em bolus ou por dispositivo de infusão de fármacos. O resultado se deve, majoritariamente, à redução do tempo de permanência hospitalar. CONCLUSÃO: A ICFC é uma alternativa extremamente efetiva, do ponto de vista clínico, para controle de dor aguda. A tecnologia pode trazer ainda economia de recursos financeiros em curto prazo, já que a dor aguda e a incidência de PONV, além de aumentar o consumo de medicamentos, como opioides e antieméticos, pode prolongar a recuperação do paciente e a sua permanência hospitalar.

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Publicado

2015-04-20

Como Citar

Valverde Filho, J., Mensor, L., Diamond, E., Contadin, R. M., & Pepe, C. (2015). Custo-efetividade da infiltração contínua da ferida cirúrgica com ropivacaína versus morfina para controle de dor aguda. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 7(1), 2–11. Recuperado de https://jbes.com.br/index.php/jbes/article/view/347

Edição

Seção

Artigos