Custo-efetividade de terapias anti-PD-1 comparadas com ipilimumabe para o tratamento de melanoma avançado sob a perspectiva do sistema de saúde suplementar brasileiro

Autores

  • Straus Tanaka Bristol-Myers Squibb.
  • Guilherme Aratangy Bristol-Myers Squibb.
  • Guareide Carelli Bristol-Myers Squibb.
  • Lucas Fahham Sense Company
  • Camila Pepe Sense Company
  • Graziela Bernardino Bristol-Myers Squibb.

DOI:

https://doi.org/10.21115/JBES.v9.suppl1.81-88

Palavras-chave:

melanoma, imuno-oncologia, nivolumabe, custo-efetividade

Resumo

Objetivo: Realizar uma análise de custo-efetividade das terapias imuno-oncológicas anti-PD-1 aprovadas no Brasil versus ipilimumabe no tratamento do paciente sem tratamento prévio com melanoma metastático (estádios III ou IV), independentemente da mutação BRAF sob a perspectiva do sistema de saúde suplementar brasileiro. Métodos: Foi desenvolvido um modelo com três estados de saúde mutuamente exclusivos (livre de progressão, progressão da doença e morte) para simular a condição clínica de pacientes tratados com nivolumabe ou pembrolizumabe comparado ao ipilimumabe. Os custos de medicamentos, materiais, exames e procedimentos foram calculados com base na lista oficial de preços no Brasil – CMED (março/2017), revistas Kairos e Simpro, Planserv 2008 e CBHPM 2015. O desfecho clínico considerado para a análise foi de anos de vida salvos. Resultados: O nivolumabe produziu uma razão de custo-efetividade incremental de R$ 37.231 e o pembrolizumabe, de R$ 72.760. Ambas as intervenções demonstraram benefício clínico dentro do limiar de disposição a pagar recomendado pela OMS (três vezes o PIB per capita), mostrando que as tecnologias são custoefetivas. Na análise de sensibilidade univariada foi demonstrado que as RCEIs para ambas as análises foram mais sensíveis aos parâmetros referentes à taxa de desconto anual e aos custos de acompanhamento. Entre as terapias imuno-oncológicas anti-PD-1, o nivolumabe apresentou benefício clínico maior a um custo menor. Conclusão: Ambas as terapias anti-PD-1 (nivolumabe e pembrolizumabe) são custo-efetivas versus ipilimumabe, sugerindo-se o nivolumabe como melhor opção para a alocação de recursos no tratamento de pacientes sem tratamento prévio com melanoma avançado, independentemente da mutação BRAF, sob a perspectiva do sistema de saúde suplementar brasileiro.

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Publicado

2017-09-20

Como Citar

Tanaka, S., Aratangy, G., Carelli, G., Fahham, L., Pepe, C., & Bernardino, G. (2017). Custo-efetividade de terapias anti-PD-1 comparadas com ipilimumabe para o tratamento de melanoma avançado sob a perspectiva do sistema de saúde suplementar brasileiro. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 9(Suplemento 1), 81–88. https://doi.org/10.21115/JBES.v9.suppl1.81-88

Edição

Seção

Artigos