Utilização de fronteiras não-paramétricas para avaliação da eficiência técnica: o caso dos hospitais públicos portugueses
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v9.n3.p316-23Palavras-chave:
eficiência técnica, hospitais públicos portugueses, fatores exógenos, ordem-αResumo
Objetivo: Os hospitais públicos em Portugal apresentaram nos últimos anos uma melhoria dos seus resultados em termos de assistência. Porém, poucas têm sido as avaliações realizadas no âmbito do seu desempenho. Este estudo procura determinar a eficiência dos hospitais públicos em Portugal. Métodos: Este estudo considerou duas alternativas de modelos não paramétricos bidireccionais, baseados em Análise Envoltória de Dados e em Ordem-a. A utilização de ambos os modelos visa a validação da robustez dos resultados. Usaram-se quatro tipos de variáveis: custos totais, número de doentes atendidos ajustados ao risco, qualidade do serviço prestado, e o ambiente externo (demografia e epidemiologia). Com referência ao ano 2016, consideraram-se 27 hospitais e centros hospitalares públicos portugueses. Resultados: O nível de ineficiência médio, apenas para hospitais ineficientes, é aproximadamente 10%, correspondendo a cerca de €617 milhões desperdiçados. Conclusões: Os níveis de ineficiência variam conforme os modelos apresentados. A avaliação do desempenho deve considerar fatores como a presença de outliers, o número de variáveis, as condições externas desfavoráveis, bem como as características das fronteiras de eficiência. Um aspeto importante corresponde à convexidade da fronteira. Conclui-se que a melhor solução para avaliar o desempenho hospitalar é a abordagem por Ordem-a.