Modelo de impacto orçamentário do trastuzumabe subcutâneo comparado com o intravenoso no tratamento de câncer de mama HER-2 positivo no Sistema de Saúde Suplementar brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v10.n3.p269-77Palavras-chave:
trastuzumabe, subcutâneo, intravenoso, custos, Brasil, Sistema de Saúde SuplementarResumo
Objetivo: Estimar o impacto orçamentário do trastuzumabe subcutâneo, comparado com o intravenoso, no Sistema de Saúde Suplementar (SSS) para o tratamento do câncer de mama inicial e metastático HER-2 positivo. Métodos: Foi realizada uma análise de impacto orçamentário na perspectiva do SSS. Os tratamentos de câncer de mama inicial foram trastuzumabe em monoterapia e trastuzumabe com paclitaxel ou docetaxel. No câncer de mama metastático, considerou-se trastuzumabe associado com docetaxel ou paclitaxel na primeira linha e em monoterapia na segunda linha. Para ambos, comparou-se a substituição do trastuzumabe intravenoso pelo subcutâneo. Uma pesquisa com 28 operadoras mapeou taxas, preços e tabelas de referência usadas para o reembolso de medicamentos, materiais e procedimentos. Uma equipe multidisciplinar estimou o uso de recursos. Custos médicos diretos foram incluídos e os preços foram obtidos de fontes públicas. O horizonte temporal foi cinco anos e considerou-se a incorporação progressiva de trastuzumabe subcutâneo com 20% no primeiro ano até atingir 100%. Resultados: Estimaram-se 31.589 pacientes com câncer de mama no SSS em cinco anos. O uso progressivo de trastuzumabe subcutâneo em comparação com o intravenoso levou a uma economia de 962,7 mBRL, 14,5 mBRL, 1,5 mBRL e 0,2 mBRL no SSS, para operadoras de saúde de grande, médio e pequeno porte, respectivamente. Materiais e procedimentos de suporte com taxas médicas foram os parâmetros mais sensíveis. Conclusão: O trastuzumabe subcutâneo em comparação com o intravenoso pode levar a uma economia de até 962,7 mBRL no tratamento do câncer de mama no SSS.