Modelo de impacto orçamentário do rituximabe subcutâneo comparado ao intravenoso no tratamento do linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B, CD-20 positivo, no sistema de saúde suplementar brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v10.n3.p255-61Palavras-chave:
rituximabe, linfoma não Hodgkin, oncologia, impacto orçamentário, Brasil, saúde suplementarResumo
Objetivo: Estimar o impacto orçamentário da introdução de rituximabe subcutâneo, comparado ao intravenoso, no sistema de saúde suplementar brasileiro, para o tratamento de linfoma não Hodgkin (LNH) difuso de grandes células B CD-20 positivo. Métodos: As perspectivas foram o sistema de saúde suplementar e operadoras de saúde de grande, médio e pequeno portes. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foram utilizados para obter o número médio de pacientes por porte das operadoras e cruzados com dados epidemiológicos de LNH para estimar a população elegível. Uma pesquisa com 28 operadoras mapeou taxas, preços e tabelas de referência usadas para o reembolso de medicamentos, materiais e procedimentos. Uma equipe multidisciplinar estimou o uso de recursos. Os custos médicos diretos foram incluídos e os preços foram obtidos de fontes públicas. O horizonte temporal foi de cinco anos e considerou-se a incorporação progressiva de rituximabe subcutâneo com 20% no primeiro ano até atingir 100%. Resultados: Em cinco anos, 3.846 pacientes com LNH difuso foram estimados para o sistema de saúde suplementar, 35 para uma operadora de grande porte, 5 para uma de médio porte e 5 para uma de pequeno porte. Demonstrou-se que a incorporação de rituximabe subcutâneo pode economizar até R$ 15,8 milhões para todo o sistema, R$ 144,3 mil para uma operadora de grande porte e R$ 20,4 mil tanto para uma operadora de médio quanto para uma de pequeno porte. Conclusão: A incorporação de rituximabe subcutâneo no sistema de saúde suplementar brasileiro pode economizar até R$ 15,8 milhões no tratamento de LNH.