Modelo de gerenciamento de projetos aplicado a pesquisa clínica
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v10.n3.p232-8Palavras-chave:
gestão em saúde, gestão do conhecimento para a pesquisa em saúde, academias e institutosResumo
Objetivo: Desenvolver um modelo para o gerenciamento de projetos em centros de pesquisa clínica (CPCs) no cenário público-privado e privado. Métodos: Estudo transversal prospectivo com aplicação de um questionário específico em CPCs no Brasil. Esse instrumento avaliou a aplicação prática das 10 áreas de conhecimento do Project Management Body of Knowledge (PMBOK®) (gerenciamento da integração, do escopo, do tempo, de custos, de qualidade, de recursos humanos, de comunicações, de riscos, de aquisições e partes interessadas) com relação à prática diária da pesquisa clínica nos CPC do país. Resultados: Dos 195 centros de pesquisa elegíveis, 55 responderam ao questionário completo. O profissional com o cargo de gerente de projetos é inexistente em 37 centros (67,3%) ativos e não há Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP) em 41 centros (74,5%). O controle de despesas e receitas é realizado por 50 centros (90,9%), entretanto 28 (50,9%) realizam avaliação da rentabilidade. Quanto ao gerenciamento da qualidade, 28 (50,9%) não têm parâmetros de qualidade implantados e 11 (40,7%) não realizam auditoria interna. Falhas de comunicação estão presentes em 48 centros (87,2%). A partir da avaliação da aplicação prática das 10 áreas de conhecimento do Guia PMBOK®, foi desenvolvido um modelo de gerenciamento de projetos com aplicabilidade aos centros. Conclusões: É possível que os centros tenham melhor definição do escopo de cada projeto, custos e prazos possuam baixa margem de variabilidade, se estabeleça boa comunicação entre as partes envolvidas e que o impacto econômico do gerenciamento possa ser reconhecido.