Custo-efetividade do erlotinibe comparado ao gefitinibe para CPNPC com mutações EGFR no Inca

Autores

  • Juliana Miguel Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Hospital do Câncer I – Serviço de Farmácia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Luiz Henrique Araujo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação de Pesquisa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
  • Rodrigo Costa Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Hospital do Câncer I – Serviço de Farmácia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21115/JBES.v12.n1.p8-15

Palavras-chave:

avaliação de custo-efetividade, neoplasias pulmonares, proteínas tirosina quinases

Resumo

Objetivo: O câncer de pulmão (CP), segundo dados da Organização Mundial de Saúde, é a neoplasia mais frequente e mais letal em homens e a segunda nas mulheres em todo o mundo. O CP compreende vários tipos histológicos, incluindo câncer de pulmão de pequenas células e os diferentes tipos de câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC). Esse subtipo representa cerca de 80% dos casos e compreende principalmente o adenocarcinoma. A terapia de escolha para tratamento de CPNPC com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) são os inibidores de tirosina quinase (ITKs), como erlotinibe e gefitinibe. Neste artigo avaliamos o custo-efetividade do erlotinibe comparado ao gefitinibe no tratamento de CPNPC. Métodos: Foi realizada uma análise de custo-efetividade sob a perspectiva de um hospital federal do Sistema Único de Saúde (SUS). Em um modelo de árvore de decisão, foram aplicados os desfechos de efetividade e segurança dos ITKs. Os dados clínicos foram extraídos de prontuários e os custos diretos, consultados em fontes oficiais do Ministério da Saúde. Resultados: O custo de 10 meses de tratamento, englobando o valor dos ITKs, procedimentos e manejo de eventos adversos, foi de R$ 63.266,76 para o erlotinibe e de R$ 39.594,72 para o gefitinibe. Os medicamentos apresentaram efetividade estatisticamente equivalente e diferença estatisticamente significativa para o desfecho de segurança, no qual o gefitinibe obteve melhor resultado. Conclusão: O gefitinibe, nesse contexto, é a tecnologia dominante quando os custos de tratamento são associados aos de manejo de eventos adversos.

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Publicado

2020-04-20

Como Citar

Miguel, J., Araujo, L. H., & Costa, R. (2020). Custo-efetividade do erlotinibe comparado ao gefitinibe para CPNPC com mutações EGFR no Inca. Jornal Brasileiro De Economia Da Saúde, 12(1), 8–15. https://doi.org/10.21115/JBES.v12.n1.p8-15

Edição

Seção

Artigos