Avaliação de custos associados a fraturas por fragilidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema de Saúde Suplementar (SSS) no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v13.n3.p288-99Palavras-chave:
fraturas ósseas, osteoporose, fraturas por osteoporose, custos e análise de custoResumo
Objetivo: Estimar a utilização de recursos e os custos médicos diretos associados às fraturas por fragilidade, sob as perspectivas do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema de Saúde Suplementar (SSS) no Brasil, por meio de abordagem de microcusteio. Métodos: Para a determinação do padrão de utilização de recursos, foi conduzida uma revisão da literatura sobre o manejo das fraturas por fragilidade (fêmur proximal, terço distal do rádio e vértebra). As condutas foram validadas por dois especialistas. Foram considerados apenas custos diretos, sob as perspectivas do SUS e do SSS como fontes pagadoras, a partir de listas oficiais de preços adequadas a cada categoria de custos e a cada perspectiva. Resultados: Os custos finais médios atribuídos ao tratamento cirúrgico da fratura de fêmur proximal, sob as perspectivas do SUS e do SSS, foram de R$ 5.612,13 e R$ 52.384,06, respectivamente. Para as fraturas do terço distal do rádio, os custos médios por paciente para o tratamento conservador e cirúrgico foram de R$ 661,53 e R$ 1.405,21, respectivamente, sob a perspectiva do SUS, e de R$ 8.917,75 e R$ 21.689,92, para a perspectiva privada. Quanto às fraturas vertebrais, os custos por paciente para o tratamento conservador e cirúrgico foram de R$ 1.165,93 e R$ 9.775,56, respectivamente, no cenário do SUS, e de R$ 15.053,32 e R$ 54.596,78, respectivamente, sob a perspectiva do SSS. Conclusões: No Brasil, custos diretos das fraturas por fragilidade são relevantes, justificando a preocupação não apenas clínica, mas também econômica para fontes pagadoras e sociedade.