Cladribina oral para o tratamento da esclerose múltipla remitente-recorrente altamente ativa: análise de impacto orçamentário sob a perspectiva do sistema brasileiro de saúde suplementar
DOI:
https://doi.org/10.21115/JBES.v13.n3.p268-78Palavras-chave:
esclerose múltipla recidivante-remitente, análise de impacto orçamentário, saúde suplementar, cladribinaResumo
Objetivo: Avaliar o impacto orçamentário da inclusão da cladribina oral no tratamento de esclerose múltipla remitente-recorrente em alta atividade da doença (EMRR HDA) no Sistema de Saúde Suplementar (SSS). Métodos: Foi conduzida uma análise de impacto orçamentário, sob a perspectiva do SSS, com horizonte temporal de quatro anos, considerando a abordagem de coorte aberta na qual o número de pacientes elegíveis para tratamento varia em cada ano com a introdução de novos pacientes diagnosticados de EMRR HDA e a retirada de indivíduos prevalentes devido a morte ou progressão secundária. Foram considerados custos médicos diretos, incluindo a aquisição e administração de medicamentos, monitoramento, eventos adversos e surtos. Os comparadores utiliza[1]dos na análise foram: alentuzumabe, fingolimode, natalizumabe e ocrelizumabe. Os custos foram apresentados em real brasileiro (BRL). Resultados: O custo incremental da inclusão da cladribina oral para o SSS foi estimado em 463.265 BRL, 739.691 BRL, -1.414.963 BRL, -3.719.007 BRL, nos anos 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Isso resultou em um custo incremental total de -3.931.015 BRL no período analisado, representando 1,5% da redução orçamentária total no tratamento de EMRR HDA. Conclusão: A inclusão da cladribina oral para o tratamento de pacientes com diagnóstico de EMRR HDA poderia gerar uma economia substancial para o sistema brasileiro de saúde suplementar, atingindo um valor de cerca de 3,9 milhões de BRL em um período de quatro anos.